matriarca
Eu pinto minha cara com o sangue de minha vulva
E meu respirar é um grito de guerra
Resistindo e resistindo e resistindo
Por silenciosos séculos
Até onde não será mais possível resistir
E que a carne se desmanche
E que os ossos se tornem poeira
E a memória me enterre por si só
E talvez nesse dia eu irei sorrir
Por dentro do sorriso de uma criança
Que não precisará resistir