ILUSÃO

Esta noite, não quero que sejas gentil.

A velha árvore arde e queima no final do dia.

Os homens, próximos da morte,

Revelam-se mais fracos do que imaginam ser.

Não sejas gentil esta noite.

A lua queima de prata a lamina de água,

Que insiste em revelar toda claridade,

Todo espelho, que na verdade não diz nada.

Apenas a luz que não dá brilho, contudo, ilumina.

Não sejas gentil esta noite.

O sol nasce apenas, para reforçar,

O brilho dos olhos de quem não deseja ver.

Não sejas gentil esta noite...

Di Camargo 02/02/1994

Di Camargo
Enviado por Di Camargo em 06/06/2007
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