Insônia
O badalar do relógio disputa comigo as horas noturnas. O sono ficou retido com a infância pobre. A casa dorme, a lua cochila escondida na nuvem cinza. Homens transnoitados fazem vigília pelos bares da Cidade que nunca se cala.
Uma coruja passa pela janela, deixando o seu grito de reflexão para os notívagos. Fantasmas da escuridão, seres camaradas, inspiram os poetas.