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TROVÕES
 
Cai a tempestade,
mas os trovões não sentem mi’a amargura...
 
Se não fossem tão bruscos,
decerto eu acreditaria nas minhas ilusões:
 
nuvens se unindo num céu
tão enamoradas... Tão enamoradas!...
 
e a chuva caindo feito lágrimas,
uma parte da tempestade de mim mesma...
 
Sinto tanta falta de ternura
na ventania que se aproxima dessa solidão...
 
A tempestade não cessa
e os trovões são como eternas fagulhas...
 
Apenas uma sinfonia, uma nota
no infinito cinza que atravessa o céu. O meu céu...
 
Não, os trovões não sentem
a mi’a amargura que cai sob o peso dos versos...
 
Mas a tempestade cai
e mia’ alma também explode em tons de cinza...
 
 
 
 ( Imagem: google)




( Esse poema não tem nada a ver com meu estado de espírito hoje. É apenas um poema)