QUASE SANTO. HA HA HA!
(SÓ PELO QUASE)
Nunca trabalhei buscando prestígio,
Para que tivesse retorno prodígio.
Nunca escrevi para simular,
Infinito real em primeiro lugar.
Nunca me esforcei atrás de sucesso,
Sempre a inspiração priori no verso.
Nunca dei ajuda pensando em compensação,
De coração aberto a humanização.
Será que gostaria de ser candidato a santo?
Pois quando morria alguém no sacrifício,
Não me maldizia, nem mesmo exclamava:
Ainda bem que não foi eu! Me faltava...
Será que faltava dignidade,
Será que meu ego excedia,
Será que meu mundo era torto,
Ou vivia em busca do gozo?
Nunca me despi pela causa,
Nunca amei o próximo como a mim mesmo,
Nunca dividi o que ao outro faltava.
Ninguém diz que foi torto ou relapso,
Todos parecem perfeito,
E o mundo vive cheio de defeito...
Só tem um caminho a esta grande dor:
É de não se negar viver por amor...