Fúria

quebro ossos

quebro meus ossos

quebro os meus ossos

quebrando paredes

quebro os meus ossos

quebrando as paredes

de meu quarto

pinto de vermelho meu chão

com fúria, ódio e sem coração

rasgo as cartas e os bilhetes

e descarto todos os meus sonhos

parto porta afora

puxo a gaiola dependurada

- delicadamente -

abro a portinhola

e o assisto alçar o voo

da liberdade.

e eu choro.