Nas estradas por onde passo
Vejo flores recebendo seus dias e suas noites
Em sóis e chuvas e poeiras dos passos dos que passam
E pó dos pés de vento...
 
Passam dias e noites pelo pó que sou,
E chuvas a encharcar e sóis a petrificar
As formas que o vento me modelou.
Até que pés de vento (ou pés passantes) me espalhem novamente
Pelos estames e carpelos das flores que surgem cotidianamente
Ou pelas terras imperturbáveis onde nada germinou.
Ana Liss
Enviado por Ana Liss em 18/02/2015
Reeditado em 18/02/2015
Código do texto: T5141484
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