Sob as luzes da minha ribalta

Como era verde o meu vale

Além da floresta petrificada ele ficava

Naquele meu jardim secreto

Eu brincava nos campos do senhor

Brincava de ser livre como os pássaros

Lá era a morada da sexta felicidade e

Os lírios dos campos perfumavam meu jardim

E eu corria livremente...livre somente...

Liberdade para as borboletas do meu vale

Onde Jezebel se fez boa e Gilda cantava,

Gilda encantava e Sissi reinava...

Lá ,onde os brutos amavam

E nenhuma janela era indiscreta

No meu horizonte perdido ,onde eu vivia e

Me perdia mirando as distantes ,frias e

Vagas estrelas da Ursa Maior

Sob as luzes da minha ribalta

Eu sonhava e dançava no meu baile

Meu baile ,minha doce vida...

Suave era a noite

Onde eu tinha o céu por testemunha

E estava a um passo da eternidade...

Naquela insustentável leveza de ser....de viver

Eu cantava na chuva...a liberdade era azul

E o sol era maior...

Ah,meu Sheik ,aconteceu naquela noite ...

Sua condessa correu descalça

Quando um dia veio o grande o grande motim

Sangue e areia se misturaram

Na mais cruel batalha...

Naquela noite dos desesperados

E eu me vi como uma estranha no ninho

Chocando o ovo da serpente....

Minha terra em transe se ruía ...

Que suplício...que saudade...

Saudade do meu horizonte perdido

Que o vento levou...

Carla Neumann
Enviado por Carla Neumann em 18/02/2015
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