Sob as luzes da minha ribalta
Como era verde o meu vale
Além da floresta petrificada ele ficava
Naquele meu jardim secreto
Eu brincava nos campos do senhor
Brincava de ser livre como os pássaros
Lá era a morada da sexta felicidade e
Os lírios dos campos perfumavam meu jardim
E eu corria livremente...livre somente...
Liberdade para as borboletas do meu vale
Onde Jezebel se fez boa e Gilda cantava,
Gilda encantava e Sissi reinava...
Lá ,onde os brutos amavam
E nenhuma janela era indiscreta
No meu horizonte perdido ,onde eu vivia e
Me perdia mirando as distantes ,frias e
Vagas estrelas da Ursa Maior
Sob as luzes da minha ribalta
Eu sonhava e dançava no meu baile
Meu baile ,minha doce vida...
Suave era a noite
Onde eu tinha o céu por testemunha
E estava a um passo da eternidade...
Naquela insustentável leveza de ser....de viver
Eu cantava na chuva...a liberdade era azul
E o sol era maior...
Ah,meu Sheik ,aconteceu naquela noite ...
Sua condessa correu descalça
Quando um dia veio o grande o grande motim
Sangue e areia se misturaram
Na mais cruel batalha...
Naquela noite dos desesperados
E eu me vi como uma estranha no ninho
Chocando o ovo da serpente....
Minha terra em transe se ruía ...
Que suplício...que saudade...
Saudade do meu horizonte perdido
Que o vento levou...