Das noites sem sono
Escondo minh’amargura
No motivo estreito
De quem escolhe
Desviar-se um tanto,
Quase por respeito
À largura da calçada,
Do meu corpo sujeito
Ao chão sujo por direito
Debruçado em pranto
Afogado pelo desejo
De não ser mais o espelho
A refletir consciências
Mas o aparelho às avessas
Que lembra a memória
Que cada um tem sua história
Mas que todo sangue é vermelho
Desvio meu olhar às alturas
Quando vejo alguém
A contornar-me com desdém
Por pensar ser José melhor
Que um Zé ninguém na rua
Eu vou além...
Na garganta prendo um nó
Fecho os olhos e beijo a lua
*JF
&lis*
15/02/15