Das noites sem sono

Escondo minh’amargura

No motivo estreito

De quem escolhe

Desviar-se um tanto,

Quase por respeito

À largura da calçada,

Do meu corpo sujeito

Ao chão sujo por direito

Debruçado em pranto

Afogado pelo desejo

De não ser mais o espelho

A refletir consciências

Mas o aparelho às avessas

Que lembra a memória

Que cada um tem sua história

Mas que todo sangue é vermelho

Desvio meu olhar às alturas

Quando vejo alguém

A contornar-me com desdém

Por pensar ser José melhor

Que um Zé ninguém na rua

Eu vou além...

Na garganta prendo um nó

Fecho os olhos e beijo a lua

*JF

&lis*

15/02/15

Elis Maria
Enviado por Elis Maria em 15/02/2015
Reeditado em 16/02/2015
Código do texto: T5138329
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.