O azul dos céus passou.
Um alvacento vento
move as folhagens
das lembranças que ainda verdejam
em meu coração tão alquebrado
de silêncios encouraçado por palavras ferinas.

Mas o azul passado
ressoa infinitamente
e nada pode impedi-lo;
retumbam os sons dos violinos de Albinoni
entre clareiras e negridões
através do tempo que nos foge
enquanto sepulcrais acordes
caem no sonambulismo das cordas
tocadas por mãos embotadas.
Ana Liss
Enviado por Ana Liss em 15/02/2015
Código do texto: T5138185
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.