VIDA
Era ela
no fim da rua,
sem sensualidade,
nua,
no meio da
noite,
sem cores,
pálida,
no ventre
do abandono, semi-
árida.
Ela...
poema ou canção?
No esboço
do artista,
tão curta e
desolada,
tão sonolenta
e perdida...
No papel,
impressa,
sinuosa serpente
como uma
Avenida Paulista.
Vida -
frágil arte
animada.