VIDA

Era ela

no fim da rua,

sem sensualidade,

nua,

no meio da

noite,

sem cores,

pálida,

no ventre

do abandono, semi-

árida.

Ela...

poema ou canção?

No esboço

do artista,

tão curta e

desolada,

tão sonolenta

e perdida...

No papel,

impressa,

sinuosa serpente

como uma

Avenida Paulista.

Vida -

frágil arte

animada.

Alzira Chagas Carpigiani
Enviado por Alzira Chagas Carpigiani em 13/02/2015
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