VENTOS DA BEIRA MAR
Ventos que passam
condenados a vagar
projetando-se à beira do mar.
E na noite hostil, sem luz e sem luar
vejo um corpo a caminhar
seguindo uma direção imposta pelos ventos.
Observando as montanhas imóveis
e falando baixinho, vou andando
chutando a areia inerte da beira do mar.
A chuva caí,
molhando os casebres da beira do cais
que adormecidos não ouvem
os rumores do mar furioso
buscando seguir mais além.
E em meu corpo moço,
sinto renascer a esperança...
e apagando a chama do meu medo que invade o meu ser
sinto a brisa fria e serena que vaga na noite
à beira do mar.
Jair Rodrigues - Gov.Valadares // MG - 13/02/2015
Em um dia qualquer do verão no litoral capixaba // E.Santo