fogo
atravesso o campo
de mil capetas de cara
amarrada
doce lua
que ainda guardo
memória
que me acompanha
dia e noite
ah, vida
quem é
que bate
em minha porta
e me ensoboa com
mel
empurro o embuste
para o terreno ao lado
e bebo do sumo
que sai de seus dedos
deixo o fogo
me consumi
só não
grito porque tenho vergonha
salvo a verdade
herdada
o resto é tudo
que não sou