ENVELOPE

Era um envelope lindo, desses que custam caro, desses que a gente não quer rasgar...

Que dá prazer, só de olhar.

Que a gente abre com cuidado,

Para não danificar

O seu formato e o papel raro,

Em que meu nome estava escrito...

Aliás, elegantemente manuscrito.

Ao abri-lo, vi, dobrado, o belo papel colorido,

Margeado por padrão florido

E, nele, com a mesma caligrafia,

Nada de especial,

Só uma frase letal...

Desfez-se, então, minha fantasia.

Era esse o conteúdo:

“Não sou o que aparento ser.”

E isso era tudo...

Luna Mia
Enviado por Luna Mia em 09/02/2015
Reeditado em 03/07/2015
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