ENVELOPE
Era um envelope lindo, desses que custam caro, desses que a gente não quer rasgar...
Que dá prazer, só de olhar.
Que a gente abre com cuidado,
Para não danificar
O seu formato e o papel raro,
Em que meu nome estava escrito...
Aliás, elegantemente manuscrito.
Ao abri-lo, vi, dobrado, o belo papel colorido,
Margeado por padrão florido
E, nele, com a mesma caligrafia,
Nada de especial,
Só uma frase letal...
Desfez-se, então, minha fantasia.
Era esse o conteúdo:
“Não sou o que aparento ser.”
E isso era tudo...