Inferno

Minha pele queima

Minhas mãos buscam suicídio

Meu sangue pinta minha pele

E minhas órbitas querem pular de mim

Mordo minha carne, como um verme

E divido com os ratos, meus irmãos

Depois vomito e me deito em espinhos

Lanças transpassam meu corpo débil

Vejo demônios por todos os cantos

Os nove infernos de Dante

Lucífer, e sua armadura negra

Trazendo sua espada para me decepar

Meus ossos se quebram como gravetos

Minha cabeça rola ao ser ceifada

E ao fogo se consome e se desmancha

No que sobrou da mente, eu agradeço

Pois sei que nada que sofri aqui após a morte

Se compara com o que sofri em vida

O inferno de verdade o homem que fez

Anderson Gomes dos Santos e Iolanda Silva
Enviado por Anderson Gomes dos Santos em 31/01/2015
Reeditado em 31/01/2015
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