Contando quando tudo acabar

Tudo tem um prazo pra acabar

A vela se apaga quando você soprar

O cigarro esquecido que caem as cinzas de tanto queimar,

A água das lágrimas que pingava no seu corpo secou

O liquido nos meus olhos que você um dia enxugou,

Com meu amor não é diferente,

Você que me fez tão delinquente

Eramos pólvora e faísca nas terras de Chernobil

Sonhadores de um sonho digamos tão vil

Enfim, tudo era lindo como as ondas beijando a areia

Mas todo era, é porque já não se vive

Como fósforo usado que já não se incendeia

Assim foi a história que um dia eu tive

O nosso amor a gente constrói, depois derruba

Cada suspiro é a dor de mais uma culpa

Na dor se há pena, não se há ajuda

A cara inchada e os olhos marejados não oculta

A lei da vida, da morte, do saber e se perder

Que cigarros matam mas aliviam um desejo inexplicavel

Atravessar no farol vermelho sem medo de morrer

E saber que pra tudo o fim é inevitável

Anderson Gomes dos Santos e Rubens Silva
Enviado por Anderson Gomes dos Santos em 31/01/2015
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