Contando quando tudo acabar
Tudo tem um prazo pra acabar
A vela se apaga quando você soprar
O cigarro esquecido que caem as cinzas de tanto queimar,
A água das lágrimas que pingava no seu corpo secou
O liquido nos meus olhos que você um dia enxugou,
Com meu amor não é diferente,
Você que me fez tão delinquente
Eramos pólvora e faísca nas terras de Chernobil
Sonhadores de um sonho digamos tão vil
Enfim, tudo era lindo como as ondas beijando a areia
Mas todo era, é porque já não se vive
Como fósforo usado que já não se incendeia
Assim foi a história que um dia eu tive
O nosso amor a gente constrói, depois derruba
Cada suspiro é a dor de mais uma culpa
Na dor se há pena, não se há ajuda
A cara inchada e os olhos marejados não oculta
A lei da vida, da morte, do saber e se perder
Que cigarros matam mas aliviam um desejo inexplicavel
Atravessar no farol vermelho sem medo de morrer
E saber que pra tudo o fim é inevitável