amanhã que quer nascer
o rio segue e se alarga.
e absorto em si mesmo,
vai alem das margens,
meus olhos enxe
de lágrimas: rios
de mim mesmo.
ouço a lembrança
represada, o canto
da noite descansada
do peso das coisas obscura.
não sei quem sou
mas carrego no coração
as janelas que encontrei,
algumas abertas, outras fechadas,
não me recrimino por ser um
átomo desse universo que
desconheço, de fio em fio,
tramo esse amanha que quer
nascer...