amanhã que quer nascer

o rio segue e se alarga.

e absorto em si mesmo,

vai alem das margens,

meus olhos enxe

de lágrimas: rios

de mim mesmo.

ouço a lembrança

represada, o canto

da noite descansada

do peso das coisas obscura.

não sei quem sou

mas carrego no coração

as janelas que encontrei,

algumas abertas, outras fechadas,

não me recrimino por ser um

átomo desse universo que

desconheço, de fio em fio,

tramo esse amanha que quer

nascer...

Andrade de Campos
Enviado por Andrade de Campos em 29/01/2015
Código do texto: T5118062
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