Quebra mar, pedra amar.

Mas quando extremos se rabiscam

Se fazem brancos em todo novo reencontro

Quando estrelas se precisam elas brilham,

Mesmo que brilhem de longe uma pra outra

Quando as pedras forem jogadas pra outro caminho

Eu sei que hão de uma hora voltar

E quando disserem que tudo sempre acaba

Retruque de volta que termine pra recomeçar

Que almas aglomeradas foram muros eu sei

-Todo mundo sabe-

Mas a real ideia é de não deixar a luz se apagar

É de deixar mesmo o sol e a chuva entrar

É mostrar que não precisa ser constante nem perfeito

Pra ser tão grande quanto o mar

Que as almas formem o muro,

Mas que haja sempre o outro lado pra quem quiser se abrigar

Porque meu amigo se lhe jogarem pedras, guarde todas.

Guarde-as afim de outro muro bonito levantar

Porque quando extremos se precisam,

Quando estrelas se precisam

Elas brilham mesmo que seja longe

Afim de uma a outra amparar

Mas hoje (e de agora em diante)

Sou eu quem se atira nas pedras, eu quem quer fazer parte delas

Hoje minha verdade é gritada, minha arte é pendurada

E meu eu transbordou.

Sou pedra maior do que o mar.

Jaina
Enviado por Jaina em 27/01/2015
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