Quebra mar, pedra amar.
Mas quando extremos se rabiscam
Se fazem brancos em todo novo reencontro
Quando estrelas se precisam elas brilham,
Mesmo que brilhem de longe uma pra outra
Quando as pedras forem jogadas pra outro caminho
Eu sei que hão de uma hora voltar
E quando disserem que tudo sempre acaba
Retruque de volta que termine pra recomeçar
Que almas aglomeradas foram muros eu sei
-Todo mundo sabe-
Mas a real ideia é de não deixar a luz se apagar
É de deixar mesmo o sol e a chuva entrar
É mostrar que não precisa ser constante nem perfeito
Pra ser tão grande quanto o mar
Que as almas formem o muro,
Mas que haja sempre o outro lado pra quem quiser se abrigar
Porque meu amigo se lhe jogarem pedras, guarde todas.
Guarde-as afim de outro muro bonito levantar
Porque quando extremos se precisam,
Quando estrelas se precisam
Elas brilham mesmo que seja longe
Afim de uma a outra amparar
Mas hoje (e de agora em diante)
Sou eu quem se atira nas pedras, eu quem quer fazer parte delas
Hoje minha verdade é gritada, minha arte é pendurada
E meu eu transbordou.
Sou pedra maior do que o mar.