O TEMPO
Por que passaste assim,
de repente, como passa um avião?
Deixei - me levar e nem o notei em mim.
Pra ninguém você pára, não pára não!
Hoje por fim vejo o seu passar.
Tempo cruel, implacável!
Tempo de todo inapagável
em seu perpétuo ato de marcar.
Agora, não passas quando preciso.
Como em uma planície arrasta-se esse rio
decorrendo monotonamente no piso
pelas horas, pelos dias, a fio...