golpes celestes

é daqui, minha dançarina

que vemos o mundo de novo,

e daqui depois do salto

que conversamos com as formigas

e compartilhamos olhares com

os gafanhotos,

é daqui, onde o rio se alarga

que compreendemos o tempo,

a salmora que nos escorre por dentro

e soletramos com as duas mãos

os pesadelos do coração,

é aqui que os opostos se tocam

que enxergamos com outros olhos,

e aprendemos a desarmar das cascas

que nos condenam.

Andrade de Campos
Enviado por Andrade de Campos em 17/01/2015
Código do texto: T5105007
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