Observação do ecossistema
Observação do ecossistema
Rendamo-nos imperfeitos.
O corpo domado, o dorso derretido.
Mocinhas completam-se colonizadas.
Os que fogem da própria carnadura mineral
os que, correndo, não se deslocam. Apenas
um mil pássaros dão o prazer do movimento.
Os bichos quebram, os tantos bichos
de vidro, rastro impossível da gênese,
inclinados na joia, fruto de sumo ausente.
Coisa alguma existe na fuga, nada
é suspenso na atmosfera fugidia
(nada consumado em glacial deserto).
Bolhas no mármore, casas descobrindo-se.
Há uma busca vegetal no céu de queratina.
O amor não busca maior altura,
no alto felino, acima da colisão:
Rendamo-nos imperfeitos