Jogo silêncio

Jogo silêncio

Esboroa-se

o malte do silêncio.

No espaço lavado o soprano metálico

corta a conversa do fluvio.

Nenhuma palavra chega a glote.

O poema é parte pincel

de luz e pentâmero,

sem divisão de éteres.

O poema deita ao pedicuro

todos os gestos do poeta,

todo freio luminoso azul.

Vento e manto, colagem do aroma

À beira parto.

Poema ao pé:

taciturno.

Heitor de Lima
Enviado por Heitor de Lima em 13/01/2015
Código do texto: T5100792
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.