Soneto do meu afeto
Oh tristeza tão imensa
Oh profundo desertar que me reserva a vida
estou exaurida e farta
meu tempo se finda.
Já não sinto em meu ser juventude e beleza
eu te amo porém como uma criança
que nunca sentiu, nem nunca provou do ávido mel
teu rosto pra mim é único, que quero fazê-lo meu.
Porque a desolação infinita me abraça?
Por que meu branco rosto tu não afagas?
Amargura cruel são meus infindos dias.
E nessa distância ácida e inverossímil
você aceita cruel; frio
permanecer de mim distante e impossível.