SOPROS
Não ouso cruzar-te em mim
Que em mim te prendo
Como quem prende as flores
Ao jardim
Que se rega com constância
Não ouso infundir-te em mim
Em banhos de ternura
Buscando aromas e sabores
À mais profunda substância
Pressinto o mistério a descoberto
Nas brisas que me lanças
Sopros, de infindas cores
Ao âmago sem vigilância...
2015, Jan, 12