MÃE TERRA.
No começo tuas formas eram desconexas.
Parecias mais um amontoado de pedaços.
Duros como as rochas, porem dispersos em si.
Foste te depurando, algo começou a te atrair.
Passastes a te unir através de uma força invisível.
Em teu processo de crescimento, por vezes fostes furiosa.
Expelia lavas de tuas entranhas, por tanta fúria em ti contida.
Daí...sem mais nem menos te acalmavas e a vida tomava rumo.
Tivestes momentos que fostes tão fria, que ninguém conseguia viver contigo.
Algumas vezes, pedras foram arremessadas para conterem teus ímpetos.
Parecia uma purificação.
E novamente a vida se renovava a tua volta.
Teu interior passou a ser calmo.
Dedicastes-te a produzir frutos, plantas e a criação de animais.
Foi teu melhor momento.
Em teu pequeno interior, começaram a surgir grandes cidades.
E a vida pacata que tinhas, deu lugar a uma agitação sem igual.
Hoje, te sinto um pouco cansada e vez por outra gritas desesperada para que te escutem.
Muitos se fazem de rogados e te maltratam... Abandonam-te.
Mas, tu sempre nos surpreendes e nos acolhes em teus braços de mãe...
MÃE TERRA.