Um Velho Estado da Mente
Estou indo para não mais voltar,
Estou voltando por um pouco mais,
Eu me farei crer,
Que cada dor é irreal,
Que viverei para não morrer jamais.
E nesse dia tão nublado,
Quero deitar o meu cansaço,
Sobre essas rosas,
Lindas e venenosas;
Quero fazer-me crer,
Que os olhos foram embora,
Eu tenho bastante tempo,
Até o sol dizer adeus.
Eu estive preso em minha memória,
Por todas estas gárgulas,
Que pairavam sobre mim;
Por entre sabores do purgatório,
Correndo com um cavalo de sangue puro,
Procurando o início, esquecendo o fim.
Nada, além disso, esteve tão quente,
Era esse sabor que eu queria sentir,do sangue,
Tudo era apenas um sonho;
Eu me perdi sobre tuas mãos que se abriram,
Eu sorri quando tuas pernas se juntaram,
Eu te virei as costas, por você ser fracassado.
Voe, e esqueça que viu o meu rosto,
Afinal, somos apenas pesados besouros,
Eu pensei estar livre,
Dos leões que me afrontam;
Eu sou mais um na multidão,
Carregando um coração absorto.