Um Velho Estado da Mente

Estou indo para não mais voltar,

Estou voltando por um pouco mais,

Eu me farei crer,

Que cada dor é irreal,

Que viverei para não morrer jamais.

E nesse dia tão nublado,

Quero deitar o meu cansaço,

Sobre essas rosas,

Lindas e venenosas;

Quero fazer-me crer,

Que os olhos foram embora,

Eu tenho bastante tempo,

Até o sol dizer adeus.

Eu estive preso em minha memória,

Por todas estas gárgulas,

Que pairavam sobre mim;

Por entre sabores do purgatório,

Correndo com um cavalo de sangue puro,

Procurando o início, esquecendo o fim.

Nada, além disso, esteve tão quente,

Era esse sabor que eu queria sentir,do sangue,

Tudo era apenas um sonho;

Eu me perdi sobre tuas mãos que se abriram,

Eu sorri quando tuas pernas se juntaram,

Eu te virei as costas, por você ser fracassado.

Voe, e esqueça que viu o meu rosto,

Afinal, somos apenas pesados besouros,

Eu pensei estar livre,

Dos leões que me afrontam;

Eu sou mais um na multidão,

Carregando um coração absorto.

Hamilton Guilherme e Alan Lacerda
Enviado por Hamilton Guilherme em 26/12/2014
Código do texto: T5081214
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