“É tempo de ausências” -
Cai o canto embiocado do Pássaro...
O Pássaro se foi
entre sombras niilistas,
encorcundando-se por jardins implantados em despenhadeiros
sob os céus lascivos de fabulosos desertos.
Certeiro, armou um voo maciço
Fraturando a suavidade do ar;
Desatinado, cravando flores na aridez de seus abrigos,
Compôs um réquiem em ré menor
Pelas partituras pálidas do coração.
Fechei a abstrata janela
por onde irrompiam chuvas canoras
que ricocheteavam a minha alma;
Dormi no rés do chão do esquecimento.
ouvindo o cinzento garoar de espectros sonoros
inundar os telheiros de vivendas desabitadas.