Pássaro
Um Pássaro solitário andou por desertos floridos,
Trouxe no bico, dos cumes de dunas estacionárias,
Floretes e areias incandescentes,
Imagens noctilúcias de um profundo crepúsculo
E ventos contra-alísios no olhar;
Enquanto eriçava as asas repletas de polens
Fecundava terras férteis em cantos esquecidos
Perpetuando nobrezas desérticas
Em fúnebres representações.
Flor
Confinada em uma Zona de Sombra de Chuva
Sentindo o ar úmido se elevar
Pelas encostas de uma escarpa,
Uma Flor evaporítica rufla as pétalas
Numa dança copulativa;
Aguarda o ponto de orvalho.
O percurso lento e seco das horas
Sobrecarrega o vento de tédios...
No sombrio da paisagem
Despenca-se a flor em delírio
A colher plumas que caem
Da imagem do Pássaro ido;
Embebeda-se com cristais afilados
Como se bebesse do vinho.
Um Pássaro solitário andou por desertos floridos,
Trouxe no bico, dos cumes de dunas estacionárias,
Floretes e areias incandescentes,
Imagens noctilúcias de um profundo crepúsculo
E ventos contra-alísios no olhar;
Enquanto eriçava as asas repletas de polens
Fecundava terras férteis em cantos esquecidos
Perpetuando nobrezas desérticas
Em fúnebres representações.
Flor
Confinada em uma Zona de Sombra de Chuva
Sentindo o ar úmido se elevar
Pelas encostas de uma escarpa,
Uma Flor evaporítica rufla as pétalas
Numa dança copulativa;
Aguarda o ponto de orvalho.
O percurso lento e seco das horas
Sobrecarrega o vento de tédios...
No sombrio da paisagem
Despenca-se a flor em delírio
A colher plumas que caem
Da imagem do Pássaro ido;
Embebeda-se com cristais afilados
Como se bebesse do vinho.