As coisas.. e as coisas!
as coisas vão surgindo..
lentas...
como brisas, que escapam da boca de Deus...
depois, feito folhas espalhadas pelo sopro da vida...
se [des]encaminham...
se reestruturam..
se buscam...
uma bailarina perdida no meio do salão...
delineia as coisas..
não ssabe por onde olhar..
nem se deve...
mas sabe exatamente o que quer...
se desmontar das roupas..
do véu..
dos limites..
da plenitude de estar no alto, nas pontas dos pés..
na verdade as bailarinas sonham em arrastar os pés pelo calçadão..
e sentir o cheiro de poeira que passeia pela terra nua...
a menina-mulher-vestido é um verso-livre...
- Versos:
- que paira pelo ar de tantas cabeças que procuram...
ou que encontram seu olhar cruando seus próprios olhos..
- tantos..
a menina-bailarina segue os olhos...
sequiosa, busca...
-menina-harmonia..
- pois que já se sente dona de todos os pedaços de olhos que, embora não veja...
sabe...
- menina-sonfonia..
sintoniza.. harmoniza?!?
sente...
e deixa que te aquietes em seu olhar pesado de menina-rima do passado..
pra que vires [meta]poe[ta]ema...
- completa..
- platônico?
- ...
A menina apenas caminha.. em busca da luz de todos os poetas, menino-mago..
- entendo menina-doçura.. menina-caminho...
- menina-caminho... menino-segredo..
- menino-surreal
.. e eles retrucaram eufemismos tantas vezes.. que tudo [a]pareceu plenitude..
- [...]
- colchetes..
pensamentos empilhados..
emparelhados..
certos.. e consistentes...
pedaços..de céu convicto
[ sabe que eu te adoro no pedaço mais profundo do dentro do gosto?!?]