Desfeita a ponte,
Depois de queimadas as últimas palhas do sonho,
Cinzas voaram entre brisas imaculadas,
Tudo pairou em um deserto distante.
 
Enquanto se desfazia o cinzento de lá fora
Uma angústia chuviscada para dentro da janela
Embalava o sono,
Perdidas ilusões se elevavam às cumiadas
Alimentando os despenhadeiros de deuses exilados.

Desfeita a ponte
De nada mais sei,
Apenas da aragem de agora...
 
 
Pela madeira da porta
Brotam ramos do silêncio.
Ana Liss
Enviado por Ana Liss em 26/11/2014
Reeditado em 02/12/2014
Código do texto: T5049268
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