ABORÍGENES
Nessa caçada quem foge são os olhos que flecham o sol na incandescência de nuvens, pois correndo o passo é mais leve, respingo de lama, pés, calos, abismo para voar.
Pássaros gritam:
_ A chuva vem chegando, recolham-se ao ninho é tempo de festejar, pois a lágrima do céu é doce e cai feito rima no corpo da poesia.
Quando devora, a presa corre, a chuva acaba, como uma azia e essas lembranças recomeçam feito um porto que sempre espera por uma nova embarcação trazendo o sal de tantos mares em seu casco.
Foge, aqui não me domas, sou voo.
A caça, a presa, a fome, o fim.
Y.M.