Metades
Nada me prende a nada
Oh, luz que ilumina meus dias
Quero viver eternamente esse momento
Que cessa minha angústia
Me define, me completa
Nessa inadequação da sociedade
Irrequieta sonhadora
Metade de mim é sonho
Outra metade realidade
Um número primo
Uma função subjetiva
Sou como a brisa do mar
A bela adormecida, a fera indomável,
Mas, nós teus braços, meu amado
Sou calma e serena
Atravesso os espaços
Sou nada do antes, tudo do agora
Sou fonte do prazer, estrela do entardecer.