Invernando

Quem dirá a mim

O que devo ouvir

Quando o nada

Vier comigo falar

Sobre amores,

E belas flores,

Sendo que sou

Minha distância,

Minha rotina?

(Em meu peito

Ponha mãos

Quentes,

Frias...)

Não me sentencie

Sem antes olhar

Minha estrada

Feita de pegadas

Que sem direção

Buscavam-me

Com o intuito

De me trazer

A mim mesmo.

(Em seu seio

Ponha-me

Assim:

Cego

Nu...)

De noite em noite

Fico ensolarado

Ao tentar palpar

As vidas passadas

Que ainda vivas

Cobram de mim

Minhas lembranças.

Estou a Deus dará.

E agora?

(Não me turbarei:

Tenho cafuné,

E com café

Fico em ti,

E durmo

Enfim...)

Fábio Simão
Enviado por Fábio Simão em 21/11/2014
Código do texto: T5043469
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