Intocáveis são os abismos,
Os cumes e as encostas,
O sono e o despertar
Enclausurados nos desertos.
 
Tangíveis são as poeiras
Desprendidas das dunas
Que se vão dourando nas palavras
Jogadas ao mundo;
Todos os versos dulcificam dores
Fabricadas à beira dos oásis;
Uivos agonizantes invadem luares
Diluindo trevas que não couberam
Na imensidão desértica.
 
Ainda que a morte me consuma
Nas extensas aldeias dos sonhos
Bebendo da fogueira da solidão,
Findas estão as fronteiras
Forjadas pelo coração.
 
Ana Liss
Enviado por Ana Liss em 18/11/2014
Código do texto: T5039696
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