Longe, ardem as montanhas empurradas para fora da terra,
Frios, expiram os alpinismos do fogo pelos corpos;
A ausência do querer faz extenso o estar,
O tempo se encurta...
 
Um avassalador sono desoprime o olhar.
Florescem as paisagens secas dos cansaços,
Os solos, em erosão, não mais desejam
Refinadas chuvas de nuvens descarnadas.
 
Alguma coisa move as superfícies
Das noites líquidas e idas da memória;
(Um eco de vento trazendo fragmentos de cinza),
Desadormecendo tépidas sombras
Do último descerramento do coração.
Ana Liss
Enviado por Ana Liss em 11/11/2014
Código do texto: T5031100
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