A Pele que Habito
Permaneço preso e consciente
Repousado numa antiga aparência
Sou a obra de alguém inconsequente
Que castrou uma vida, inconsciência.
Refém de um fato em conflito
Vestido de uma doentia projeção
Por dentro, desesperado pelo grito.
De um socorro abafado, reclusão
Subjetivando em inscrever a verdade
O ciclo materno acarreta a explicação
As partes do corpo retém a identidade
Do princípio perdido, sem solução
A inteligência é reclusa e pessoal
É método inesperado e planejado
Conduzindo e inscrito no real
Ao aceitar o personagem, temporal
Declives e pertinentes fatos
O mistério é distinto em detalhes
Estamos presos em níveis vastos
De passos esquecidos, milhares
A linguagem sem palavras vistas
Tornando a escrita descrita em revelação
Pequenos dados dão imprevistas
Ações desenfreadas, detentas ao coração
O que morreu não foi a vida
Mas a escolhida seleção
Agora, o espelho revela a sofrida
Morte inscrita, em retalhos ao chão...
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Poesia refletida e baseada no filme "A Pele que Habito".
"La Piel que Habito" é um filme espanhol, dos genêros drama e suspense de 2011, realizado por Pedro Almodóvar.