Austero

Me vejo fruto

De um futuro farto

De fortunas falsas

E sorriso barato

Ando tentando me encontrar

Ando um tanto perdido

E quando me canso de caminhar

Ai vejo um sentido

Trago em mim um afago

Trago, e pela boca o exalo

No cinzeiro, enfim o apago

Na boca só um gosto amargo

No canto, um sofá retalhado

E no fim, um retórico passado