Uma lasca de silêncio me deixou menos rente
Aos vapores inebriantes da terra.
Um anseio se desfez tornando o andar menos perverso:
A insensatez de açoitar espelhos
No intuito de quebrar a própria face.
 
O passar terreno inquieto,
As casas, os rios, as grandes secas,
As borboletas na pele dos ventos,
O apreendido sustentando voos,
As grandes asas inaugurando pequenos espaços,
As extensões alargando pensamentos;

Tudo classificado para que caiba:
O desconhecido infinito, as sedes incuráveis,
As fomes saciadas na ilusão do apetecível,
A real fome no desenrolar das miragens,
Os desertos proclamados mediocremente ostentados
Pela inconsistência das palavras.
Ana Liss
Enviado por Ana Liss em 31/10/2014
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