nada não

sou o tempo

debandando do

presente,

o tempo arrancado

da estrada,

o fluxo impedido

das moradas

sou a janela fechada

o escuro amordaçado

sou o fruto escondido

a ternura estancada

sou a solidão perdida

nos braços dessa vida

a vencida vida

que não se acaba

e não renova

e não diz nada

Andrade de Campos
Enviado por Andrade de Campos em 18/10/2014
Código do texto: T5004043
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