nada não
sou o tempo
debandando do
presente,
o tempo arrancado
da estrada,
o fluxo impedido
das moradas
sou a janela fechada
o escuro amordaçado
sou o fruto escondido
a ternura estancada
sou a solidão perdida
nos braços dessa vida
a vencida vida
que não se acaba
e não renova
e não diz nada