Alvorada
Meu dia é sempre igual,
mas porque não o posso mudar?
Se hoje eu choro,
amanhã as lágrimas vão secar
se num segundo o sangue escorre,
no outro a alternativa é estancar
eu vejo apenas o agora;
de mim depende o amanhã
eu sei que o coração chora,
mas pensar no agora muda a história?
Para que gritar no presente,
se no futuro poderei silenciar?
O medo não deve imperar
se o tempo os dias poderão reparar
por achar que vejo o fim
não posso presumir o durante
Se a alternativa está lá
existe para tentar ir adiante
não se vive o hoje freando
por medo de se lesar,
se de mudança a vida é feita
no momento propício irei sarar.