Alvorada

Meu dia é sempre igual,

mas porque não o posso mudar?

Se hoje eu choro,

amanhã as lágrimas vão secar

se num segundo o sangue escorre,

no outro a alternativa é estancar

eu vejo apenas o agora;

de mim depende o amanhã

eu sei que o coração chora,

mas pensar no agora muda a história?

Para que gritar no presente,

se no futuro poderei silenciar?

O medo não deve imperar

se o tempo os dias poderão reparar

por achar que vejo o fim

não posso presumir o durante

Se a alternativa está lá

existe para tentar ir adiante

não se vive o hoje freando

por medo de se lesar,

se de mudança a vida é feita

no momento propício irei sarar.

Helena Dalillah
Enviado por Helena Dalillah em 08/10/2014
Reeditado em 20/11/2019
Código do texto: T4991799
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