Dê-me um filete d’água,
e o revolucionarei em força de rio;
pelas correntezas metalinas,
navegaremos afogueadas poesias.
 
Noites frias, encarrilhadas,
costumam desestabilizar os sentidos,
encurralando a ventania.
Que a chuva se espalhe
para que  a tudo não alague,
mas se se ajuntar, salinizando a inundação,
construo um mar temporão.
 
Dê-me sêmens de neve,
e gerarei nevasca pelos cumes;
alinhando flocos de cristais,
preencherei abismos com graupel.
Ana Liss
Enviado por Ana Liss em 07/10/2014
Reeditado em 07/10/2014
Código do texto: T4989902
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