Manhã

A roupa limpa na manhã de pele lisa
O frescor do perfume atípico do mar
Mente virgem e areias sem pegadas
Os pés tateando o princípio de andar.

A voz ensaiando cordas e mentiras
Os olhos em pálpebras de fotocopia
Mãos engatilhando os dedos lentos
Face branda na embalagem própria.

Estado de devora em minuto e hora
Acordou também na ânsia inquieta
O dia trará urinas, ruínas e sonhos
No filme mágico da retina do poeta.
Dado Corrêa
Enviado por Dado Corrêa em 03/10/2014
Código do texto: T4985504
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