rios do corpo

Não disfarce os olhos

de tua ternura,

O amor perfura os muros

As lajes e as cascas das árvores;

Perfura o tempo

O medo, as idéias,

E se funde à eternidade;

nas altura das horas

quando os espelhos se

quebram , ouvimos

o soluço das chuvas

e o silêncio soterrado

E nos guardamos dos

Tremores que nos define;

Pois quem gosta, gosta

no escuro e no claro

Dentro de casa e na soleira

Da porta,

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Não se disfarce

Aos olhos de tua ternura,

O amor perfura os muros

As lajes e as cascas

Das árvores;

Perfura o tempo

O medo e as idéias,

E se funde à eternidade

cada vento que toca

alguma janela,

O soar da vida

Se faz presente,

Delas , nada o sabemos

Talvez a ânsia de ser

E de estender alem das coisas

Que os olhos alcançam

E quase nada é

Salvo o esplendor de

Alguma coração que se abre

Há folhas que demoram

Outras são devoradas

Pela nervura do real

E a essa altura das horas

Ouvimos as risadas das aves

E o soluço das chuvas

E Muito do mundo dorme

Enquanto escrevo esse

Poema,

não se define

As coisas que a gente gosta

Pois quem gosta, gosta

E nada se conhece do amor

Salvo o coração que dói

Quando a barragem se levanta

Mas todos os dias

Os sol nos mostra nossa cara

E nos funda dentro

Da ausência escura

Antes disso, somos penumbra,

E não sentiamos os

Rios do corpo

Andrade de Campos
Enviado por Andrade de Campos em 17/09/2014
Reeditado em 17/09/2014
Código do texto: T4965380
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