o meu estar
navegava a terceira margem...
 
um gondoleiro sempre à frente
sustentava uma chama de vela
no epicentro de um turbilhão.
a correnteza negra refletia a luz moribunda
(Real sol no centro do meu universo)
 mascarando-me o frio.
 
clamei por um naufrágio
que apagasse a extrema angústia de navegar
pelo tremeluzir da chama líquida.
 
clamei... e um sol improvável
surgiu no fundo do rio;
um milagre entre os lodos das pedras.
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Inspirei-me na frase “O QUE É REAL?” de Zuleika  dos Reis.
Ana Liss
Enviado por Ana Liss em 15/09/2014
Reeditado em 15/09/2014
Código do texto: T4963099
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