Lágrimas do Onze de Setembro - (Homenagem às vítimas do 11 de setembro)
Tu que te tornaras vítima do louco,
céu indisposto conspirando contra ti.
Busca teu eterno em sombras de poucos,
pois foste convertida em números, eu vi...
Vi também teu derradeiro fim,
O estouro ecoou no céu de fogo, trazendo teu grito até aqui,
pasma observei-te demolir e perdi-te na poeira de chegou a mim
e olhando a maldade que o monstro plantou, em lágrimas me perdi...
Na poeira de teus escombros desenhei meu Deus,
sei que a maldade não termina e esse não foi teu fim.
Alerta ao homem que controla o próprio destino, onde está Deus?
Tu não sabes, não sei, mas o homem há de ver a própria face enfim.
Quanto a ti, voa no céu de marfim, o mesmo que testemunhou teu fim,
serás vida onde a vida se faz ver, origem do amor acolhendo os que são seus.
A morte não será teu abrigo, não te prenderás em sepulturas tristes assim,
viras anjo, sorri livre nos sonhos dos homens que choraram teu adeus.
11/09/2005