RAMERRÃO

RAMERRÃO

Rompe a manhã de segunda-feira.

Todos a postos, em tempo, pelas fileiras:

ao trabalho, à escola, à pacata vida...

em busca do necessário,

desacatam desatando os frágeis fios do tempo,

muitos atrás do salário,

outros sem eira nem beira

feito folhas na ribeira.

Segunda-feira e contratempo

tão distantes da sexta-feira.

Terça (versos): _ Cuidado! Não se perca.

Quarta (uma nova quadra): _ Aqui, a nova Comarca.

Quinta vou à feira.

Sábado e bardos noturnos.

Festas domingueiras.

Ramerrão,

um na contra-mão!

Irrompe a manhã de segunda-feira...

Prof. Dr. Sílvio Medeiros

Campinas, é outono de 2007.