Apanágio à solidão
estômago em oca vertigem
aspirei na janela
misto de tabaco de baunilha
e vento outonal
a buscar folhas
ferindo na garganta
ocultações viscerais
o céu da minha alma
repleto de folhas
no chão
retrato de outono
ocaso de fase
escuridão...
relembrei a cada trago
castelos derrubados
ao longo da vida
reconstruídos
junto a escombros
sentinela vívida
sucessivo renascer
odor de baunilha
cobiçando cadentes
flocos de algodão
vida em constante
apanágio à solidão