Vem nua!
Vem nua!
Vem despida
Dessa vergonha
Pudica.
Vem nua!
Para sentires
Os afagos
Do meu corpo
Roçando o teu.
Assim sentirás melhor
O calor do meu corpo
Aquecendo nossas volúpias.
Vem!
Desnuda desse recato.
Entre nesse nosso palco.
Vem contracenar comigo
Longe dos olhares curiosos
A peça que escrevi
Para nós dois.
Vamos para nossa alcova
Brindar os nossos lábios
Com beijos molhados,
Longos, indefinidos
E fazer rodopiar nossos desejos.
Vem!
Despojada de tudo que possa
Cobrir teu corpo.
Vem!
Para fundirmos
Nossos corpos,
Nossas almas,
Nossos suores,
Nossos cheiros,
Numa só fragrância.
Vem!
Para desfrutarmos
Do néctar maior
Que alimenta a vida.
Vem nua!
Sem nenhum fiapo de pano
Para que eu possa
Afagar todo o teu corpo
E envolver-te em meus braços.
E murmurar aos teus ouvidos
Que te amo!
Nilópolis, 22/08/2014.