E nos respira como se vivo

O seio da mulher desejada

derrama seu leite

Sobre a existência das

Coisas secas

Amamos os corpos

Amamos os corpos

Que vibram

Que tece com sua presença

A fervura que nos deixam eriçados

O corpo bom, aquele sentido

Que quando perto sentimos

Que existimos,

Tem corpo que nos abre

Como se abre o capoal na tempestade

Corpo forte, de alma forte que

Se abre quando forte,

Que quando na núpcia da cama

Nos fala bem perto, e nos aperta

E nos respira como se vivo, como

se um rio caudaloso nos fizesse revista.

Andrade de Campos
Enviado por Andrade de Campos em 21/08/2014
Código do texto: T4931737
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