ENVELHEÇO
Envelheço e desmereço
o tempo que brinca com os meus dias
e com a minha barba branca!
Sábio não fiquei e nem dos lábios
consegui domar os verbos
que ainda pulam do peito
para explodirem, insanos,
pelas cordas vocais
e pelo relevo da língua!
Envelheço e pareço ainda no começo
de cada cena que repasso, calmo!
Foquei no caminho,
em pontos que jamais retomarão a reta do fim.
Envelheço nas minhas buscas,
e padeço na ausência
de recheio da estrutura das mãos,
estufando veias e olhos
que brilham como um dia nublado!
Envelheço e desmereço
o tempo que brinca com os meus dias
e com a minha barba branca!
Sábio não fiquei e nem dos lábios
consegui domar os verbos
que ainda pulam do peito
para explodirem, insanos,
pelas cordas vocais
e pelo relevo da língua!
Envelheço e pareço ainda no começo
de cada cena que repasso, calmo!
Foquei no caminho,
em pontos que jamais retomarão a reta do fim.
Envelheço nas minhas buscas,
e padeço na ausência
de recheio da estrutura das mãos,
estufando veias e olhos
que brilham como um dia nublado!